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sexta-feira, 7 de março de 2014

Capitulo IX – Meu Retorno Até a CDM

Assim que o portal se abriu eu soltei a lança e disse:
–Vamos logo
–Não, eu tenho que ficar segurando. – falou com uma voz quase rouca, como se estivesse fazendo esforço – Vá você, e qualquer coisa diga meu nome de Elite para o seu “chefe”.
–Tudo bem – gritei de volta e pulei.
...
Assim que eu cheguei ao outro lado da porta Douglas já estava olhando para mim e esperando que eu me explicasse. Logo então eu disse:
–Olá Douglas – falei limpando um pouco minhas roupas e checando minhas armas – presumo que esteja se perguntando como eu entrei aqui, sendo que não há nem um mestiço lá fora de guarda, e que eu deveria estar na minha casa aproveitando minha família.
–Você leu minha mente – falou Douglas sério – vamos se explique.
Depois de uma meia hora mais ou menos explicando a história e sendo interrompido pelas perguntas de Douglas, ele me encaminhou até a sala do “chefe” que me recebeu com um sorriso e pediu que eu me sentasse. Assim que Douglas saiu ele disse:
–E então Devon, acho que tenho em minhas mãos perguntas a serem feitas – falou o chefe um pouco sério mesmo assim estava brincando com o anel de ouro dele.
–Bem senhor como já sabe eu fui para minha cidade e... –então fui interrompido pelo “chefe”.
–Eu sei essa parte – falou ele mexendo a mão como se expulsasse um inseto – eu quero saber como você saiu do Duat.
–Então foi você?
–Na verdade não fui só eu, mas vamos conte–me como saiu; que eu conto do que se trata essa sua pequena “experiência”.
–Tudo bem – dei de ombros, e logo comecei, depois de 15 minutos sem interrupções eu já havia acabado a história em quanto o chefe ria alto.
–Parabéns Devon, –falou o “chefe” depois de uma crise de risos – você foi excelente. Eu não pensaria em um jeito mais eficaz.
–Obrigado senhor.
–Ora, acho que você precisa agora falar com O Capitão Ulisses, entrar em contato com sua mãe e solicitar a presença de Shu aqui. –falou o “chefe” em quanto se levantava abria aporta e ria.
–Senhor? – falei.
–Sim? –foi a resposta do “chefe”
–O senhor não vai me dizer do que se trata?
–Oh, sim – falou o “chefe” sorrindo e sentando–se novamente. – tudo isso não passa de um treinamento de Elite. Todo ano, se o calouro se mostrar apto para receber treinamento de Elite, ele também tem esse “teste surpresa” por assim dizer. É um grande vazio no Duat em que apenas os melhores conseguem sair. E no seu caso você é o melhor, pelo menos o melhor calouro.
–Obrigado por me explicar senhor – eu me levantei – com sua licença.
–Toda – respondeu o “chefe”.
Então eu me retirei da sala do “chefe”; fui até a sala de treinamento de Elite, conversei com o Sr. Ulisses que logo que me viu disse:
–Devon, vejo que conseguiu passar no teste.
–Sim senhor...
–Vamos me conte como você saiu de lá.
Após contar a história pedir permissão para entrar em contato com minha família, fui até a sala de recepção na qual Douglas ficava o dia todo. Ele estendeu a mão que estava com um telefone celular e me entregou dizendo:
–Só 5 minutos
–Sim senhor – peguei o celular disquei o número e informei minha mãe sobre o que aconteceu.
Eu não vou descrever a conversa toda, mas foi parecida com a que tive com os outros, tirando o fato de que ela mandou muitos beijos, estava chorando e preocupada, e falava com uma voz trêmula. Eu basicamente disse a história resumida e tive que desligar para não exceder os 5 minutos.
Depois disso eu solicitei a presença de Shu à Douglas e ele assentiu.
Em dois minutos eu estava explicando tudo a Shu em uma sala a prova de deuses – era tipo uma sala em que os presos se reúnem brevemente com as famílias – e ele ficava acrescentando “puxa vida, você vai dar um ótimo mago” ou “caramba, eu bem que falei que você deveria escolher o lado egípcio” ou ainda “se você ainda não percebeu que você é um mago nato você tem algum problema”.
...

Depois de dois dias treinando para o meu duelo anual com o “chefe” eu já me sentia em forma, e de vez em quando, com saudades de treinar com os bonecos de escuridão do Duat, logo eu colocava a mão no bolso, pensava em chama-los, mas depois dizia mim mesmo “agora não”.

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